A história de um casal cuja
relação se constrói em torno de um cão, Guto, que desmaia diante de fortes
emoções. Esse é o ponto de partida de Mato
sem cachorro (2013), dirigido por Pedro Amorim e roteiro de André Pereira. Deco
(Bruno Gagliasso) e Zoé (Leandra Leal) são donos de Guto, um cão narcoléptico.
Deco é um carioca preguiçoso, imaturo e dependente dos pais que, depois de
levar um fora da amada, resolve sequestrar o cão com a ajuda do primo, Leléo
(Danilo Gentili).
Apesar do enredo banal, podemos
dizer que Mato sem cachorro merece
uma chance por trazer algumas particularidades, como os coadjuvantes de luxo
(Sandy, Sidnei Magal), referências pops, como Cláudia Ohana e referências a
outros filmes, como Cidade de Deus. Sem
contar que o roteiro consegue desenvolver pequenas tramas que prendem a atenção
do espectador. Como comédia, aí sim, não espere rir a cada dois minutos. O
personagem caricato de Gagliasso não empolga e a personagem de Leandra Leal é
apenas graciosa e simpática.
Mas e os comediantes de verdade,
Danilo Gentili e Rafinha Bastos? Estamos acostumados com o engraçado gentil na
TV, mas não o encontramos no filme. Talvez pelo roteiro, que não lhe permite
fazer piadas sobre política e governo, que é o seu forte. Já Rafinha Bastos
interpreta um veterinário e nada mais sem graça do que um veterinário. O longa
não é um “filmaço”, mas merece uma chance...
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