Ao lado de Drácula, de Bram Stocker, Frankenstein,
da inglesa Mary Shelley, é considerado o maior clássico da literatura de
terror e está entre os maiores clássicos da literatura universal. Shelley era
casada com o poeta Percy Shelley e escreveu o livro numa brincadeira entre ela,
o marido e o amigo escritor Lord Byron. Era o ano de 1816 e a escritora tinha
apenas 19 anos. Dos três, apenas ela terminou a sua história de terror, que
veio a se tornar um clássico da literatura mundial.
O romance é narrado na forma de
cartas escritas pelo Capitão Robert Walton a sua irmã, Margareth, de um lugar
longínquo e frio, onde o Capitão tentava encontrar uma passagem para o Polo
Norte. De acordo com as cartas enviadas a Margareth, o navio do Capitão
encontrava-se preso ao gelo quando resgatou um sujeito chamado Victor Frankenstein
que, alternando momentos de lucidez com lapsos de insanidades, narra a
história, que é repassada a Margareth pelo irmão através das cartas.
O jovem Victor acreditando na
ciência e no progresso e ciente de que poderia, através do conhecimento, romper
a barreira entre a vida e a morte, cria, a partir de matéria morta, o ser que
passou a ser conhecido pelo nome do seu criador. Ao conseguir tamanha proeza, o
jovem Frankenstein se revelou fraco e medroso, e abandonou a sua criatura a
própria sorte. A beleza do “monstro” Frankenstein está na complexidade do seu
comportamento, alternando comportamentos da mais pura bondade com um sentimento
cruel e vingativo, dependendo da forma como a sociedade o trata.
Frankenstein, de
Mary Shelley, não é apenas uma história de terror, mas uma história de buscas,
de superação, de conhecimento, de solidão.
Uma obra inquietante, que comove, que revolta e emociona. Inquestionavelmente,
um clássico!
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