Li Diário de uma ilusão em 2011. Era o primeiro romance de Zuckerman acorrentado, o volume único
com o ciclo de romances protagonizados pelo alter ego de Roth, Nathan
Zuckerman. Nesse volume, lançado naquele mesmo ano, Diário de uma ilusão, que é de 1979, recebe o título de O escritor fantasma. E por que relê-lo?
Comprei Fantasma sai de cena, que é
um retorno a Diário..., então para
criar uma sequência, resolvi reler. Nele, Nathan Zuckerman em início de
carreira conhece sua grande referência literária, E.I. Lonoff, um escritor
recluso.
Como em quase toda a obra de
Roth, o ambiente judaico americano é retratado de forma crítica, diria que
ácida mesmo. O próprio Zuckerman, assim como Roth, é um judeu que reluta em se
adequar às tradições judaicas. Nessa visita ao seu ídolo literário, Zuckerman
conhece a jovem Amy Bellette, uma pupila/amante de Lonoff que é um poço de
esquisitice que beira a esquizofrenia. Esse vai ser o único encontro dos dois
por décadas, mas que ficará na memória do jovem escritor de forma confusa.
Sou suspeito para falar de Roth,
afinal sou fã da sua escrita. Mas Diário
de uma ilusão, assim como toda sua obra, é digno de figurar na estante
dos livros a serem relidos. Roth não poupa a cultura judaica, representada pelo
seu pai, um ardoroso defensor das tradições do seu povo. O título é uma
referência ao Diário de Anne Frank, uma
das viagens da jovem Amy, que se imagina no lugar da jovem judia holandesa. Imperdível!
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