Logo após a morte do escritor
americano Francis Scott Fitzgerald, em 1940, seu amigo, o também escritor,
crítico e historiador Edmund Wilson, editou e publicou alguns dos seus escritos
inéditos. É o que de mais próximo que se tem de uma autobiografia do escritor
americano. São anotações, aforismos, ensaios e parte da sua correspondência com
outros escritores.
Fitzgerald alcançou a categoria
de escritor de best-seller aos vinte
e três anos e isso vai pesar no comportamento do jovem intelectual boêmio.
Sabia-se que tinha enfrentado problemas com alcoolismo, mas nunca se tinha
ouvido e lido nada do próprio Fitzgerald sobre isso. Em Crack-Up, encontramos um escritor mostrando as próprias entranhas, falando
abertamente sobre o seu colapso mental e a depressão que o assolou por longos
anos.
Parte dos ensaios que constam do
livro foram originalmente publicados na revista Esquire, e a crítica não gostou nem um pouco, exatamente por ser
visceral demais. O bom dos ensaios é conhecer por dentro o escritor talentosíssimo,
que gastou seu charme à vontade, mas que no final da vida afunda numa mistura
de melancolia e álcool. Nem por isso deixou de produzir e produzir bem...
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