A onda agora é o rolezinho! Tudo
começou no final do ano passado, mais precisamente no dia 8 de dezembro quando
uma reunião de jovens, marcada por redes sociais, juntou cerca de seis mil
adolescentes no Shopping Metrô Itaquera, em São Paulo, e terminou em tumulto. Uma semana depois, outra reunião atraiu 2,5
mil jovens no Shopping Internacional de Guarulhos e novamente terminou em
tumulto. Desde então, esse tipo de evento tem acontecido em vários shoppings de
São Paulo (pelo menos por enquanto está somente em São Paulo) e,
invariavelmente, tem terminado em tumulto, roubo e depredações.
Os shoppings reagiram com
liminares na justiça para impedir que tais eventos ocorressem em seus domínios.
Logo surgiram sociólogos, psicólogos, antropólogos e toda espécie de
“masturbatólogos” que sabem tudo com suas teorias oligofrênicas imbecilizantes falando
em “apartheid social” e que as liminares iriam “estigmatizar” os tais grupos de
jovens. A socióloga Eliane Brum afirmou que “quando a juventude pobre e negra das periferias de São Paulo ocupa os shoppings anunciando que quer fazer
parte da festa do consumo “ é criminalizada.
Os políticos, do alto de seus
covardes discursos politicamente corretos, fizeram de tudo para se esquivarem
do problema ou ficarem do lado mais “fraco”. O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin disse que “ida ao shopping não é caso de polícia”. Não governador, não
é! Desde que o sujeito não vá lá para depredar ao furtar.
Para a ministra-chefe da
Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República (Ufa!), Maria do
Rosário, os jovens devem ter preservados os seu direito de ir e vir. É mesmo? E
o direito de quem não quer correr no meio da multidão? E o direito de
comerciantes que querem trabalhar, mas são obrigados a fechar seus
estabelecimentos por medo de depredação e roubos? Segundo a Associação
Brasileira de Lojistas de Shoppings, o movimento caiu 25% naqueles
estabelecimentos onde esses jovens (os dos rolezinhos) tiveram o direito de “ir
e vir”.
Se os rolezinhos são
manifestações contra a elite e contra a discriminação racial e social, como
afirmam alguns “teóricos” adeptos do “pobrismo”, segundo a qual toda a
“verdade” emana das classes menos favorecidas, por que essa turba juvenil
somente se reúne em shoppings populares das periferias, vizinhos de comunidades
pobres? Por que não marcam suas “manifestações” em shoppings localizados em
áreas nobres onde estão os ricos, alvos dos seus protestos? É obrigação dos
shoppings protegerem seus lojistas e aqueles frequentadores (pobre ou rico,
negro ou branco) que lá vão para comprar ou passear. E as liminares conseguidas
na justiça tem essa finalidade!
Se um pobre e negro (ou pobre e
branco, ou negro e rico), ou qualquer outra pessoas, entra num shopping para comprar, ou simplesmente
para passear como qualquer ser civilizado, não há razões para barra-lo. Afinal,
na lógica capitalista, dinheiro não tem cor.
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