sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Os rolezinhos e suas teorias

A onda agora é o rolezinho! Tudo começou no final do ano passado, mais precisamente no dia 8 de dezembro quando uma reunião de jovens, marcada por redes sociais, juntou cerca de seis mil adolescentes no Shopping Metrô Itaquera, em São Paulo, e terminou em tumulto.  Uma semana depois, outra reunião atraiu 2,5 mil jovens no Shopping Internacional de Guarulhos e novamente terminou em tumulto. Desde então, esse tipo de evento tem acontecido em vários shoppings de São Paulo (pelo menos por enquanto está somente em São Paulo) e, invariavelmente, tem terminado em tumulto, roubo e depredações.
Os shoppings reagiram com liminares na justiça para impedir que tais eventos ocorressem em seus domínios. Logo surgiram sociólogos, psicólogos, antropólogos e toda espécie de “masturbatólogos” que sabem tudo com suas teorias oligofrênicas imbecilizantes falando em “apartheid social” e que as liminares iriam “estigmatizar” os tais grupos de jovens. A socióloga Eliane Brum afirmou que “quando a juventude pobre e negra das periferias de São Paulo ocupa os shoppings anunciando que quer fazer parte da festa do consumo “ é criminalizada.
Os políticos, do alto de seus covardes discursos politicamente corretos, fizeram de tudo para se esquivarem do problema ou ficarem do lado mais “fraco”. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin disse que “ida ao shopping não é caso de polícia”. Não governador, não é! Desde que o sujeito não vá lá para depredar ao furtar.
Para a ministra-chefe da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República (Ufa!), Maria do Rosário, os jovens devem ter preservados os seu direito de ir e vir. É mesmo? E o direito de quem não quer correr no meio da multidão? E o direito de comerciantes que querem trabalhar, mas são obrigados a fechar seus estabelecimentos por medo de depredação e roubos? Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings, o movimento caiu 25% naqueles estabelecimentos onde esses jovens (os dos rolezinhos) tiveram o direito de “ir e vir”.
Se os rolezinhos são manifestações contra a elite e contra a discriminação racial e social, como afirmam alguns “teóricos” adeptos do “pobrismo”, segundo a qual toda a “verdade” emana das classes menos favorecidas, por que essa turba juvenil somente se reúne em shoppings populares das periferias, vizinhos de comunidades pobres? Por que não marcam suas “manifestações” em shoppings localizados em áreas nobres onde estão os ricos, alvos dos seus protestos? É obrigação dos shoppings protegerem seus lojistas e aqueles frequentadores (pobre ou rico, negro ou branco) que lá vão para comprar ou passear. E as liminares conseguidas na justiça tem essa finalidade!
Se um pobre e negro (ou pobre e branco, ou negro e rico), ou qualquer outra pessoas,  entra num shopping para comprar, ou simplesmente para passear como qualquer ser civilizado, não há razões para barra-lo. Afinal, na lógica capitalista, dinheiro não tem cor.
 

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