Jean-Paul Charles Aymard Sartre
nasceu em Paris em 1905, mudando-se logo após a morte do pai, aos quinze meses
de idade, para Meudon, onde viveu até os seis anos, retornando a Paris. Ainda
na juventude, se declara ateu, posição que manteria até o final da vida. Em
1929, conhece Simone de Beauvoir, parceira e colaboradora de toda a vida sem,
no entanto, casarem-se nem nunca formarem um casal monogâmico, mantendo sempre
uma relação aberta. Além da relação amorosa, os dois tinham uma grande
afinidade intelectual.
Já escritor, parte para a guerra
em 1939 e é feito prisioneiro no ano seguinte. Em 1941 é libertado e ingressa
na Resistência, movimento de combate à ocupação nazista na França, onde conhece
o também escritor Albert Camus. Em 1943, publica o mais famosos dos seus
livros, O ser e o nada, que condensa
todos os seus conceitos importantes da primeira fase do seu sistema filosófico.
Apesar de ser conhecido
como filósofo, Sartre também era romancista, acreditava que a literatura tinha
que ser engajada e não apenas entretenimento. Sua primeira obra de ficção, A náusea, um romance existencialista, foi
publicado em 1938. Em 1945 começa a escrever a trilogia Os caminhos da liberdade, da qual falaremos nas próximas três
quartas-feiras, composta por: A idade da
razão (1945), Sursis (1947) e Com a morte na alma (1949). Em 1964,
Sartre recusou o Prêmio Nobel de Literatura por acreditar que “nenhum escritor
pode ser transformado em instituição”. Morreu em 15 de abril de 1980 e está
enterrado em paris no mesmo túmulo que a sua companheira de toda a vida, Simone
de Beauvoir.
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