Se O concurso (2013), do diretor de televisão Pedro Vasconcelos e
roteirizado por L. G. Tubaldini e Leonardo Levis, tivesse sido feito para ser
um programa da Rede Globo, talvez tivesse dado certo. Mas como produção
cinematográfica não deu certo. A linguagem do cinema é diferente da TV, os
planos em close, abundante no filme, é típico da TV. Se não bastassem esses erros,
O concurso está repleto de clichês,
caricaturas e estereótipos ao invés de personagens, o que não deixa de ser uma
característica da TV também.
Quatro candidatos no concurso
para juiz federal, vindos de lugares diferentes do Brasil, se encontram no Rio
de Janeiro para mais uma etapa da seleção para tão cobiçado cargo. São eles: o
nerd do interior paulista Bernardo (Rodrigo Pandolfo), o beato cearense Freitas
(Anderson Di Rizzi), o malandro carioca Caio (Danton Mello) e o gaúcho de
Pelotas, gay enrustidíssimo, Rogério Carlos (Fábio Porchat). Vejam que os
personagens principais dão um show de clichês e estereótipos batidíssimos.
Completam o elenco figuras de
talento como Pedro Paulo Rangel, Jackson Antunes e Carol Castro, que mesmo assim
não conseguem salvar a produção, com suas atuações fracas, talvez pela
qualidade do próprio roteiro. Dá pra rir com o filme? Dá! Se você é capaz de
rir com Zorra Total, por que não conseguiria rir com O concurso?
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