Na última quinta-feira, a
Academia Sueca concedeu o Nobel de Literatura a escritora canadense Alice
Munro, reconhecendo nela “um mestre do conto contemporâneo”. Munro já tinha
sido agraciada com outros importantes prêmios literários, entre eles o prestigiado
Man Booker International Prize, em
2009, e era uma candidata recorrente ao Nobel de Literatura nos anos
anteriores. A escritora disse estar “surpresa e muito agradecida” por ter ganho
o prêmio maior do meio literário. Não é para menos, afinal a Academia Sueca,
que escolhe os agraciados, não costuma privilegiar o conto, gênero no qual
Munro se destaca.
Nascida em Ontário, em 1931, a
escritora começou a sua carreira literária em 1950 escrevendo crônicas, mas
somente em 1968 publicou seu primeiro livro de contos, Dance of the happy Shades. Três anos depois escreveu um livro com
contos interligados, Lives of girls and
women. A sua carreira somente se consolida em meados da década de 70, após
seu segundo casamento. Munro reconhece a influência em sua obra de grandes
escritoras, como Khaterine Anne Porter e Eudora Welty. Dos 14 livros da autora,
apenas quatro foram lançados no Brasil.
Com o prêmio, Munro entra num
seleto grupo de 13 escritoras que ganharam o Nobel e tem reconhecido o seu
valor como a “Chekhov da América”, numa referência ao escritor russo Anton
Chekhov, um doa maiores contistas da Literatura universal. Mas há quem não
tenha gostado, como o escritor americano Bret Easton Ellis, que afirmou que
Munro foi “superestimada” e que o Nobel é uma “piada”. Não se discute os
méritos da escritora canadense, mas lamenta-se muito que o escritor
norte-americano Philip Roth tenha, mais uma vez, sido preterido pela Academia
Sueca. É esperar o próximo ano...
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