No último dia 31 de outubro
comemorou-se o dia D, de Drummond, quando o poeta mineiro Carlos Drummond de
Andrade faria 110 anos. Na realidade, as comemorações se estenderam por quase
todo o ano de 2012, com o início da reedição de toda a obra do poeta pela
Companhia das Letras e nas homenagens da Feira Literária Internacional de
Paraty (Flip), em julho. No “dia D” ponto alto das homenagens, foi lançada
edição dos Cadernos de Literatura
Brasileira dedicada ao poeta, uma publicação do Instituto Moreira
Sales.
Nos Cadernos foram reproduzidos manuscritos dos poemas Nota social e Carta à Stalingrado (na foto, acima). O primeiro poema sugere a chegada de um poeta a uma cidade que
percebe questões simbólicas que passam despercebidas pela população. O segundo
foi escrito no calor da hora e é um dos pontos altos da poesia engajada de
Drummond. Fala de uma das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra mundial
quando, segundo o poeta, “a poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais”.
Além da trajetória do poeta,
frases e aforismos, o volume também traz um ensaio fotográfico de Itabira, Belo
Horizonte e Rio de Janeiro e datiloscritos de poemas e o manuscrito de um texto
de 1911, quando o poeta tinha nove anos de idade. As comemorações aos 110 anos de Drummond não
se restringiram ao Brasil. Em Portugal, no Teatro Nacional São João, no Porto, houve
a encenação da peça Cartas de Maria
Julieta e Carlos Drummond de Andrade, idealizada pelo neto do poeta, Pedro
Drummond.
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