A revista literária inglesa Granta foi fundada em 1889 por
estudantes da Universidade de Cambridge, inicialmente para publicar artigos
sobre política e assuntos relacionados à universidade de autoria dos próprios
alunos. O título da revista deriva do antigo nome do rio Cam, que corta a
cidade de Cambridge. Em 1979, e revista passou por uma grave crise financeira,
obrigando-a a se reformular e a focar escritores e leitores de fora da
universidade.
Hoje, a revista Granta já extrapolou não apenas os muros
da universidade, mas as fronteiras do Reino Unido: seus editores e escritores
são de várias nacionalidades, sua principal benfeitora, Sigrid Rausing, é
sueca, e em outubro, quando for lançada em chinês, terá sua presença nos quatro
idiomas mais falados do mundo, além do búlgaro, do norueguês e do sueco.
Cada edição da Granta é organizada em torno de um tema
único, geralmente um lugar ou assunto, que é tratado por vários autores em
textos de ficção ou não ficção. Atualmente estou lendo o volume 8 da versão em
português, que foi lançado no final de 2011, cujo tema é o trabalho. No dia 10
de outubro publicarei um texto sobre essa edição. É a partir da crise pela qual
passou no final dos anos 70 que a revista adquire a importância que tem hoje
para a literatura, abrigando nomes como Saul Bellow, Martim Amis e Milan
Kundera.
A partir de 1983, a revista
passou a publicar a lista dos 20 “melhores jovens romancistas britânicos”.
Naquele ano, a lista tinha nomes como Salman Rushdie, Ian McEwan e Julian
Barnes. Hoje a lista é redigida a cada dez anos e contém nomes de várias
nacionalidades. Esse ano a revista lançou uma edição, em português, com os 20
“melhores jovens escritores brasileiros”, contendo nomes como Michel Laub e
Antônio Prata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário