O Brasil merece ser laureado com
o Prêmio Nobel de Literatura. E não digo isso por puro espírito ufanista. O
Brasil tem ótimos escritores, alguns bem melhores do que escritores já
agraciados com o prêmio. Esse ano, a Comissão de Relações Exteriores do Senado
aprovou o nome do escritor paraibano Ariano Suassuna como representante do
Brasil para concorrer ao prêmio, uma proposta do senador Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB).
No entanto, algumas dificuldades
existem para o que Ariano possa ganhar o prêmio: a sua obra já foi traduzido
para vários idiomas, mas não para o sueco, a língua dos eleitores do Nobel; faz
relativamente pouco tempo, em 1998, que um escritor de língua portuguesa, José
Saramago, ganhou o prêmio; e o penúltimo ganhador é sul-americano, como Ariano,
o peruano Mario Vargas Llosa.
Pode parecer bobagem, mas não é.
O Nobel de Literatura nem sempre é dado por levar em consideração questões
técnicas. A relevância política e econômica também é. E isso é o ponto positivo
para Ariano, cuja obra é “tipicamente brasileira”. Especialistas avaliam que
existe uma identificação muito grande entre sua obra e o Brasil que o
estrangeiro quer ver.
Nascido na Paraíba em 1927
mudou-se para Pernambuco na década de 40, onde vive até hoje. Apesar das muitas
grandes obras que escreveu, ficou conhecido do grande público como o autor de O auto da Compadecida, levado às telas
em 2000 por Guel Arraes. O Brasil inteiro e Chicó e João Grilo estão na
torcida.
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