sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um Nobel brasileiro


O Brasil merece ser laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. E não digo isso por puro espírito ufanista. O Brasil tem ótimos escritores, alguns bem melhores do que escritores já agraciados com o prêmio. Esse ano, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou o nome do escritor paraibano Ariano Suassuna como representante do Brasil para concorrer ao prêmio, uma proposta do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
No entanto, algumas dificuldades existem para o que Ariano possa ganhar o prêmio: a sua obra já foi traduzido para vários idiomas, mas não para o sueco, a língua dos eleitores do Nobel; faz relativamente pouco tempo, em 1998, que um escritor de língua portuguesa, José Saramago, ganhou o prêmio; e o penúltimo ganhador é sul-americano, como Ariano, o peruano Mario Vargas Llosa.
Pode parecer bobagem, mas não é. O Nobel de Literatura nem sempre é dado por levar em consideração questões técnicas. A relevância política e econômica também é. E isso é o ponto positivo para Ariano, cuja obra é “tipicamente brasileira”. Especialistas avaliam que existe uma identificação muito grande entre sua obra e o Brasil que o estrangeiro quer ver.
Nascido na Paraíba em 1927 mudou-se para Pernambuco na década de 40, onde vive até hoje. Apesar das muitas grandes obras que escreveu, ficou conhecido do grande público como o autor de O auto da Compadecida, levado às telas em 2000 por Guel Arraes. O Brasil inteiro e Chicó e João Grilo estão na torcida. 

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