Isabel Allende é uma escritora prolífica,
com 23 livros publicados, fora as peças de teatro. Acho-a uma escritora
fantástica e vários dos seus livros estão entre os melhores que já li na vida,
como A casa dos espíritos (1982), Retrato em sépia (2000) e A
filha da fortuna (1999). Sem
contar Paula (1995), um relato comovente da doença e
posterior morte da filha da escritora. O
jogo de Ripper é o seu 23º livro, publicado em 2012, e sua primeira
experiência no gênero policial.
Amanda Martin é filha do
inspetor-chefe do Departamento de Homicídios de São Francisco, Bob Martin, e de
Indiana Jackson, uma criatura meio “riponga” que trabalha numa clínica
holística. A garota de 16 anos se diverte desvendando crimes de mentira com
seus amigos virtuais espalhados pelo mundo via Skype (esse é o jogo de Ripper).
Até que crimes de verdade começam a acontecer na cidade e a turma, abastecida
com informações privilegiadas dadas pelo pai de Amanda, começa a investiga-los.
Não sei se criei uma expectativa
exagerada por se tratar de um livro de Isabel Allende, uma das minhas
escritoras preferidas, mas confesso que o livro não correspondeu às essas “exageradas”
expectativas. Por se tratar de um Thriller
(assim foi anunciado) esperava uma narrativa mais dinâmica, o que não
acontece. Nas primeiras 150 páginas a história se arrasta com a exposição de
muitos detalhes dos personagens, que é uma característica da escritora. Mas o
livro não é ruim! Inclusive atende uma das “exigências” dos Thrillers: é quase impossível saber quem
é o verdadeiro assassino até que ele seja anunciado no final da trama.
Mas Isabel Allende tem créditos
de sobra e vale a pena conhecer mais uma das suas obras. Mesmo que não seja a
melhor delas.
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