Clay, protagonista de Abaixo de zero, está de férias da
universidade onde cursa cinema e no retorno para casa reencontra seus antigos
amigos do colégio e sua ex-namorada Blair, todos mergulhados no submundo das
drogas, o que para ele foi a “mão na roda”, já que Clay também é usuário. O
ambiente familiar também não é dos mais saudáveis: Clay é recebido como se não
tivesse passado tanto tempo fora de casa. Abraços, refeições em família e
desejo de boas festas eram artigos de luxo em sua casa.
O ambiente familiar deteriorado e
a relação com Blair, namorada da época do colégio e que ainda acredita que o
relacionamento existe, transformada numa atração física vazia, faz das férias
de Clay e seus amigos uma busca incessante por alucinógenos, novas drogas e
locais de encontro com seus traficantes. Tendo tudo o que o dinheiro pode
comprar, festas, mulheres, bebidas, drogas e muita curtição, Clay começa a
descobrir o quanto a sua existência é inútil. O vazio da inutilidade se
transforma em melancolia, depressão, autodestruição e agressividade.
Livro de estreia do escritor
americano Breat Easton Ellis, de 1985, quando o autor tinha apenas 21 anos, a
mesma idade dos protagonistas do romance, Abaixo
de zero chegou a ser chamado pelo jornal USA Today de “O apanhador no
campo de centeio da geração MTV”. Adaptado para o cinema, dirigido por
Marek Kanievska, o filme é centrado numa mensagem antidrogas, enquanto o livro
se concentra no vazio existencial dos personagens.
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