segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Rubem Braga (1913-1990)


“crônica é viver em voz alta”
Se estivesse vivo, o cronista Rubem Braga teria feito cem anos no último sábado, 12 de janeiro. Apaixonado por crônica, não poderia deixar de homenagear aqui no blog aquele que é considerado o maior cronista brasileiro.  Nascido em Cachoeiro do Itapemirim (ES), começou no jornalismo ainda estudante, aos 15 anos. Em 1932, formou-se em direito em belo horizonte, depois de ter participado da cobertura da revolução Constitucionalista. Rubem Braga casou em 1936, mesmo ano em que publicou seu primeiro livro, O conde e o passarinho. É dessecasamento seu único filho, Roberto Braga.
Durante a Segunda Guerra Mundial, acompanhou a F.E.B como correspondente de guerra do Diário Carioca, daí resultando o livro Com a FEB na Itália, lançado em 1945. Nos anos 60, junto com os escritores Fernando Sabino e  Oto Lara Resende, fundou a editora Sabiá que lançou no Brasil escritores como Gabriel García Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luís Borges. Ainda nos anos 60, exerceu a função de embaixador do Brasil no Marrocos, mas nunca abandonou o jornalismo. 
Após o regresso ao Brasil, fixou-se no Rio de Janeiro e passou a escrever crônicas e crítica literária para o Jornal Hoje, da Globo. Como escritor, Rubem Braga teve a característica de ter sido o único autor brasileiro de primeira linha a se tornar famoso escrevendo exclusivamente crônicas, que é, nas palavras do próprio escritor, “um gênero vira-lata da literatura brasileira”. Ao longo da vida, publicou cerca de 50 livros, todos de crônicas.
 "Sempre escrevi para ser publicado no dia seguinte. Como o marido que tem que dormir com a esposa: pode estar achando gostoso, mas é uma obrigação. Sou uma máquina de escrever com algum uso, mas em bom estado de funcionamento.", descreveu-se certa vez. De espírito introspectivo, com poucos amigos, morreu sozinho, como pedira, no dia 19 de dezembro de 1990, de parada respiratória em consequência de um tumor na laringe.     
                                                                  “peixe e hóspede, depois de três dias fedem” 

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