Um filme com um bom elenco, mas
com roteiro fraco e superficial, mesmo para um gênero comercial popularesco. Assim
poderíamos definir em poucas palavras Vendo
ou alugo (2013), dirigido por Betse de Paula e roteirizado por um timing de seis pessoas, incluindo a
própria diretora do filme. Apesar dos prêmios recebidos no CINE PE, o festival
de cinema do Recife, incluindo o de melhor filme para o júri oficial, para o
público e (pasmem!) para a crítica, o filme é tecnicamente limitado, com uma
linguagem que reduz personagens a estereótipos burlescos.
O filme retrata a história da
família de uma socialite falida, Maria Alice (Marieta Severo), que para manter
as aparências e se livrar das dívidas tem que vender a casa, um casarão caindo
aos pedaços que, para complicar, está localizado ao lado de uma favela violenta.
Para resolver o problema, Maria Alice apela a Iemanjá, que a atende enviando
vários possíveis compradores. O problema é que manda todos ao mesmo tempo, criando
uma confusão por que se inicia um conflito na favela, impedindo-os de sair da
casa.
O filme conta com as boas
atuações de Marcos Palmeira, o traficante Jorge, e Silvia Buarque,
interpretando Baby, filha de Maria Alice. Destaque para a veia cômica de Nathália
Thimberg, que interpreta a mãe de Maria Alice, o que faz o expectador se
perguntar por que o cinema não a aproveitou melhor. Betse de Paula acertou em
cheio no elenco, mas errou feio no roteiro...
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