Após sete anos em cartaz, o ator
Paulo Gustavo resolveu levar para a telona seu personagem, dona Hermínia. Minha mãe é uma peça (2013), dirigido
por André Pellenz, é o filme nacional com maior bilheteria em 2013e ultrapassou
fácil os 4 milhões de espectadores. O monólogo, que agora foi levado aos
cinemas, foi criado em 2004 quando o ator Paulo Gustavo ainda era aluno na Casa
das Artes de Laranjeiras e, segundo ele próprio, inspirado na sua mãe,
inclusive ao final do filme é apresentado um vídeo com a “mãe inspiração”.
Dona Hermínia (interpretada pelo
próprio Paulo Gustavo) é uma mulher de meia idade, aposentada, divorciada de
Carlos Alberto (Herson Capri), que a trocou por uma mulher mais nova, Soraya
(Ingrid Guimarães), que cansada da “folga” dos seus filhos, Marcelina (Marina
Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo), decide sair de casa para passar uns dias
com uma tia. Apesar da distância, não consegue parar de se preocupar com os
filhos que, a principio, ficam eufóricos por se livrarem as chatice da mãe, mas
depois percebem que não terão como se virar sem ela.
A comédia familiar é uma
constante no cinema brasileiro, por isso às vezes as piadas ficam repetitivas. Nesse
aspecto, Paulo Gustavo e Felipe Braz, que assinam o roteiro, conseguem se
esquivar do óbvio e dão uma cara mais definida e equilibrada aos personagens.
Dona hermínia não é apenas uma “mal amada” que vive destilando seu azedume
contra o ex-marido, mas também manifesta
afeto aos seu filhos que, por sua vez, não são os típicos “aborrescentes”
estereotipados, mas sabem demonstrar apreço pela mãe. Com um contexto e uma
trama bem definida, a comédia fica bem mais engraçada...
Nenhum comentário:
Postar um comentário