O eterno marido é uma novela de Dostoievski, escrita em apenas três
meses no ano de 1869. O termo que empresta seu nome ao livro refere-se aquele
tipo de homem que nasceu unicamente para casar e, uma vez casado, existe apenas
para ser parte complementar da sua esposa. Esse é o caso de Páviel Pávlovitch Trusótski, que depois de nove anos
encontra Aleksiéi Ivânovitch Vieltchânimov, o
ex-amante da sua falecida esposa. O viúvo é agressivo e alcóolatra, o
ex-amante, fútil, frívolo e indeciso. Os dois vão manter uma relação difícil,
com altos e baixos, alternando rispidez e demonstrações de amizade.
Para Vieltchânimov, o senhor Trusótski
e sua esposa, Natália, faziam parte de um passado que ele queria esquecer
quando tinha sido preterido por esta, nove anos antes. Mas os dois se reencontram em São Petersburgo, onde o senhor Trusótski
tinha ido a negócios acompanhado de Lisa, filha dele com Natália. Vendo a criança
e fazendo as contas dos anos em que manteve um romance com a falecida, Vieltchânimov
acredita que a filha é dele e não do senhor Trusótski, mas é ter a
certeza.
Aos depois
Vieltchânimov encontra o senhor Trusótski
casado com uma jovem do campo, mas igualmente bufão e tolo. O
eterno marido não figura entre as grandes obras do escritor russo, mas nos
leva a refletir sobre a natureza humana, entrando em méritos psicológicos e
emocionais. Acima de tudo, o livro traz um relato doloroso sobre como as coisas
não dão certo no final, sobre como o tempo não cura e sobre como o amor não
salva.
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