Adeus Columbus é o livro de estreia de Philip Roth, publicado
originalmente em 1959. Mas não de um iniciante. Neste livro Roth já mostra ser
um contador de histórias de primeira mão. São cinco contos e uma novela e em
todas as histórias há a presença dos judeus e seus rituais. Na novela, que dá
título ao livro, Roth conta a história de um jovem judeu pobre que vive no
subúrbio de Nova York, Neil, que se envolve com uma jovem judia rica, Brenda. A
descoberta do sexo pelo jovem casal foi a forma encontrada pelo escritor para
mostrar como o assunto era tabu nos anos 50.
O primeiro dos contos, A conversão dos judeus, é uma sátira em
que um garoto, humilhado pelo rabino durante a aula de religião, sobe no
telhado e, de lá, obriga toda a comunidade a abjurar do judaísmo. No segundo
conto, O defensor da fé, um soldado
judeu utiliza-se da religião para escapar das durezas do quartel e da guerra.
Para isso, conta com a ingenuidade do seu superior, também judeu. Em Epstein, também uma comédia, o
personagem que dá título ao conto hospeda seu sobrinho e o flagra transando com
a filha da vizinha no tapete da sala. Instigado pela cena, inicia um caso com a
mãe da garota, provocando um escândalo doméstico.
No quarto conto, Não se julga um homem pela canção que ele
canta, um jovem judeu se envolve com dois garotos barras pesadas, o que lhe
trará consequências. o último conto, Eli,
o fanático, Roth mostra o choque existente na sociedade americana entre os
judeus assimilados e os protestantes, de um lado, e os judeus ortodoxos
recém-chegados da Europa pós-guerra, do outro. Nessa obra de estreia, Roth
consegue reunir temas que serão típicos de sua prosa no futuro: o judaísmo, a
sexualidade e os ideais americanos.
Alexandre, parabéns pela resenha. Seu blog é muito interessante. Estou seguindo-o
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