“Onde Jesus estaria se ninguém tivesse escrito os Evangelhos?”
O jornalista norte-americano
Chuck Palahniuk nasceu em Washington em 1962 e, antes de se dedicar às letras,
foi lutador amador, caminhoneiro e mecânico de automóveis. Baseando-se na sua experiência
de vida começou a escrever contos e publicá-los em pequenas revistas, até que,
em 1996, publicou seu primeiro livro tendo como base um desses contos. Era Clube da luta (o conto representa o
capítulo 6 do livro) que, adaptado para o cinema em 1999 pelo cineasta David
Fincher, virou best-seller.
“O que as pessoas são no clube da luta não tem nada a ver com o que são
no mundo real”.
Palahniuk define seu estilo como “ficção
transgressional” e seus personagens são indivíduos, de modo geral, marginalizados
pela sociedade. Esse é o caso do jovem narrador de o Clube da luta, funcionário de uma seguradora que passa o dia
viajando e fazendo relatórios, mas à noite padece de insônia e de uma profunda
insatisfação com a vida que leva. Nas noites insones, frequenta grupos de apoio
a doentes terminais, pessoas com problemas reais, em busca de sentido para a
sua existência. Num desses grupos, conhece Marla Singer, jovem que também não
tem nenhum problema de saúde, a não ser o vazio existencial, cuja presença vai
perturbá-lo.
“Na academia há sempre um monte de caras tentando parecer homens (...).
Como Tyler sempre diz, até um suflê parece bombado”.
Numa das suas viagens a trabalho,
o narrador conhece Tyler Durden, uma figura que vive ao seu próprio modo,
totalmente alheio aos padrões convencionais e que, juntos, irão formar o Clube
da Luta. O que seria apenas uma diversão, uma forma de extravasar através de
atos violentos os dilemas internos dos participantes, se torna um projeto que
visa mudar todo o padrão de uma sociedade voltada para o consumismo exacerbado
e o superficialismo. Com uma narrativa subversiva e humor ácido, Palahniuk
escreveu um romance provocativo. Vale a pena ler Clube da luta. Vale a pena ler Chuck Palahniuk!
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