Publicado inicialmente em
fascículos entre setembro de 1909 e janeiro de 1910, O fantasma da ópera, do francês Gaston Leroux, só apareceu em
formato de volume em abril de 1910. Inspirada em fatos históricos da Ópera de Paris
e num conto apócrifo que relata a utilização do esqueleto de um ex-aluno do
balé na produção de uma peça em 1841, é considerada por muitos como uma obra
gótica, pois mistura romance, horror, ficção e tragédia. O livro é, de certa
forma, ofuscado pelo sucesso das adaptações feitas para o teatro e cinema,
sendo o musical mais visto de todos os tempos.
“Diga que compartilhará comigo um amor, uma vida. É só dizer e eu a
seguirei”.
Erik é um fantasma que vive no
subsolo da Ópera de Paris e aterroriza os proprietários cobrando 20 mil francos
mensais e reservando o camarote número cinco em todas as atrações apara que ele
não aterrorize os espectadores durante os espetáculos (Para que um fantasma
quer dinheiro?). Ao mesmo tempo em que inferniza os proprietários do teatro,
tenta ajudar a sua amada, a dançarina Christine Daaé, a alcançar o estrelato. O
problema é que Christine tem um pretendente de carne e osso, Raoul, o Visconde
de Chagny, que tentará de todas as formas resgatar a sua amada das garras do
misterioso fantasma.
“Ama-me e verás! Só me faltou ser amado para ser bom.”
Nem sempre o que parece é em O fantasma da ópera. O que parece um
romance, na verdade é uma crítica ácida e irônica que Leroux faz aos valores
românticos da sociedade francesa da época e aos clichês da literatura
romântica. Enquanto não conhece sua aparência, Christine se apaixona pelo
fantasma. Ao se deparar com suas deformidades, fica horrorizada. É o amor um
sentimento verdadeiro ou vive de aparências? Erik, que é visto por todos os protagonistas
como o vilão por causa das suas deformidades, dá mostras de ser o mais humano
entre todos os personagens da obra.
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