Causou preocupação em alguns o vídeo em que aparecem jovens
da Igreja Universal marchando em um templo da igreja sob o comando de um
pastor. São os Gladiadores do Altar, um grupo de jovens treinados para marchar
pateticamente aos moldes militares cuja missão, segundo a Igreja Universal, é apenas
buscar novas almas para a igreja. Mas, a despeito das explicações dos pastores
salvadores de almas perdidas, alguns falaram logo em “milícia”, outros em “fundamentalismo
cristão”, outros ainda em “perseguição de ateus e homossexuais”.
Não acredito em nada disso! Não que os nobres irmãos
evangélicos não acalentem o sonho de impor seu modus vivendi a toda a sociedade. Um modus vivendi sem graça, diga-se, onde não se bebe, não se fuma,
não se faz uma sacanagenzinha além de um insípido papai e mamãe visando fazer
rebentos. Não acredito nesse clima de guerra e perseguição religiosa por que o
brasileiro é frouxo. Nem a doutrinação dos pastores arranca o brasileiro do seu
medo. Brasileiro tem medo até de bombinha de São João. Tiro de fuzil então tem
o poder de laxante nos sensíveis intestinos tupiniquins.
E não me venham falar em tradição pacífica do brasileiro. Isso
é eufemismo para frouxidão! Brasileiro é acomodado. Se as contas estiverem mais
ou menos em dia; o seu time estiver entrando em campo, mesmo que perdendo; e o
assassino da novela das oito estiver sendo desmascarado está bom demais. Para esses
“guerreiros” do altar a coisa é bem simples: se estiver empunhando sua Bíblia
ensebada e envergando seu terno naftalinado todo final de semana a salvação
está garantida e o Brasil que se dane.
Não que eu ache isso ruim. Não gosto de guerras e é patético
um bando de barbudos ficarem trocando tiros em nome de um deus que nem eles nem
ninguém (nem mesmo o próprio deus) sabem se existe. O que me preocupa nisso tudo
não é a possibilidade de uma guerra em terras abaixo do equador, mas a transformação
de jovens imberbes em imbecis, a transformação de cérebros em gelatinas
insípidas.
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