Definitivamente, ornamentação
natalina e prefeitura de Porto Velho não combinam. Nos anos anteriores, a
reclamação era o valor pago à um empresa paranaense pelo aluguel dos enfeites. Dava
para comprar tudo e ainda sobraria dinheiro. Nesse ano, o nosso ativo prefeito,
Mauro Nazif, resolveu inovar e apostar na sustentabilidade e espalhou um monte
de pneus velhos pintados e com um monte de badulaques natalinos pendurados. Virou
alvo de chacota, piada, revolta e ira da população nas redes sociais.
Teria a população razão em
criticar nosso valoroso prefeito e o “artista” que bolou tão criativos
ornamentos? Depende do ponto de vista! Do ponto de vista financeiro, esperamos
que as reclamações não se repitam. Qualquer coisa mais cara do que de graça
seria cara para adquirir tais produtos recicláveis. O meu medo é que daqui a
pouco surja um mal intencionado promotor de justiça dizendo que a prefeitura
comprou pneus velhos a preços superfaturados. Aí nosso adorado prefeito, que eu
achava que já tinha se superado com a ornamentação, terá me iludido e se
superado mais uma vez.
Do ponto de vista estético, a ornamentação é a
coisa mais horrorosa que já vi. Melhor seria não ter colocado coisa nenhuma. Ou
ter comprado aqueles “pisca-piscas” de fabricação chinesa que custam uma
ninharia em qualquer banca de camelô e espalhado pela cidade. Mas a boa notícia
vem das intenções de quem espalhou pneus velhos pela cidade a pretexto de
reciclagem. Se começaram a transformar lixo em ornamentação, quem sabe não vão
começar a transformar esse aglomerado urbano cheio de buraco, poeira, lama,
fedentina e obras inacabadas (um favelão, segundo um filósofo português) numa
cidade? A esperança é a última que morre...
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