Na semana passada a literatura
norte-americana (e do mundo) perdeu um dos seus escritores mais prolixos: o
ensaísta, romancista, dramaturgo, roteirista e ativista político Gore Vidal.
Nascido numa base militar americana no condado de Orange, no estado de Nova
York, em 1925, e foi criado em Washington D.C., onde seu pai trabalhava para o
governo Roosevelt e seu avô, T.P. Gore, era senador. Começou a escrever poemas
e contos na adolescência. Seu primeiro romance, Williwaw, foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial, a bordo de
um navio de guerra, quando o autor servia ao exército americano e baseia-se nas
suas experiências militares.
Ainda na década de 40, radicado
na Guatemala, escreveu Em um bosque
amarelo, sobre as dificuldades de um ex-combatente em adaptar-se à vida
civil, e A cidade e o Pilar, que
causou escândalo entre os conservadores pela sua representação desapaixonada da
homossexualidade. Livro que dedicou ao namorado morte em combate anos antes. Na
década de 50 foi contratado como roteirista por estúdio e reescreveu o roteiro
de Bem Hur, gravado em 1959. É de Gore Vidal também o
roteiro de Calígula, gravado em 1979,
mais tarde renegado por ele por causa das mudanças feitas durante as gravações
sem a sua autorização.
Vidal também escreveu para a
televisão, notadamente minisséries, entre elas Lincoln. Por duas vezes, Vidal disputou eleições. Em 1960, foi
candidato ao Congresso americano, não sendo eleito. Em 1982, tenta uma vaga de
senador, para a sorte da literatura fracassou novamente, dessa vez por poucos
votos. No dia 09 de maio desse ano, publiquei um texto sobre Criação, romance histórico de Vidal,
lançado em 1981 e reeditado em 2002. Sem sombra de dúvidas, o eterno candidato
ao Nobel da Literatura Gore Vidal foi um dos maiores e mais geniais escritores
e será imortalizado pela sua obra.
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