Cheguei recentemente do Nordeste,
onde fui desfrutar de merecidas férias e, de lambuja, curtir um pouco dos
festejos juninos. Por onde se anda o grande homenageado é Luiz Gonzaga, que
completaria cem anos agora em agosto. Mais do que merecida a homenagem. Gonzagão
é a voz e a cara do Nordeste, mesmo tendo se passado mais de vinte aos da sua morte.
Aliás, poderíamos dizer que o rei do baião, com sua obra e sua voz, é imortal
nos corações dos nordestinos. Mas as homenagens não se estenderam como deveriam
a dois grandes parceiros que contribuíram um tantinho assim para o grande
sucesso de Luiz Gonzaga.
O primeiro deles é José de Souza
Dantas filho, (na foto de cima) conhecido como Zé Dantas ou Zedantas como costumava assinar,
nascido em Carnaíba de Flores, em Pernambuco, em 1921. Tornou-se médico em
1949, mas ainda estudante em Recife, já era conhecido no meio universitário como
artista improvisador e compositor. Nunca estudou música nem tocava qualquer instrumento,
compunha batucando numa caixa de fósforo e a esposa, D. Iolanda, passava as
composições para partitura. É autor de canções eternas da música nordestina,
como A volta da asa branca, Sabiá, Vem
morena, entre outras.
O outro grande parceiro de Luiz
Gonzaga foi Humberto Cavalcante Teixeira ou, simplesmente, Humberto Teixeira (na foto de baixo),
nascido em Iguatu, no Ceará, em 1915. Diferente de Zedantas, estudou música. Em
1943 diplomou-se em direito, exercendo a advocacia em paralelo com a música. É dele
músicas como Asa Branca (não
confundir com A volta da asa branca),
Assum preto, Paraíba. Faleceu em 1979, vítima de enfarto.
Luiz Gonzaga sem duvida foi um grande cantor e ao lado desses gênios, também foi um incrível compositor. E o nordeste em peso comemorar os 100 anos desse rei do baião.
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