Romancista e roteirista americano, nascido em 1888, Raymond Chandler é seguramente um dos maiores romancistas policiais de todos os tempos, principalmente no gênero criado por ele (o policial Noir) ao lado de Dashiell Hammett, Ross McDonald e David Goodis. O gênero policial noir foi criado para diferenciar do policial tradicional, baseado no “quem matou quem”. As obras desses autores têm notável reflexão psicológica e estereótipos clássicos, como o cara durão, as mulheres fatais e o detetive sentimental e cético. Chandler só publicou seu primeiro romance, após exercer uma infinidade de profissões (professor, revisor, detetive particular, soldado, contador, executivo do petróleo), aos 41 anos. Casado com uma pianista dezessete anos mais velha que ele, ficou viúvo em 1954 e, alcoólatra, morreu cinco anos depois de pneumonia.
Philip Marlowe é o detetive particular protagonista de sete romances de Chandler. Em O longo adeus, Marlowe socorre casualmente Terry Lennox num estacionamento de uma boate, dando início a uma amizade que será interrompida quando Lennox se envolve em problemas e foge para o México. Depois disso, Marlowe vai trabalhar para um escritor alcoólatra e as histórias terminam se interligando. O livro, além de ser um romance policial, é um apanhado de observações sobre a sociedade americana. A trama funciona como uma argumentação a favor da lealdade e da sua necessidade como cimento da vida em sociedade.
Em Adeus, minha adorada, o outro romance que li de Chandler, o detetive particular Marlowe está de volta. Sua missão (ou várias missões) é ajudar o ex presidiário Búfalo Malloy a achar uma ex dançarina, sua namorada, sumida desde que ele foi para a prisão, há oito anos; desvendar um assassinato, desmascarar um psicólogo charlatão e achar um colar de jade, sem saber até que ponto as histórias se cruzam. Mais uma parada dura para o aparente durão, mas no fundo um sentimental, Philip Marlowe.
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