Considerada o grande nome do
romance histórico da atualidade na Itália, a jornalista e crítica de arte Valeria
Montaldi publicou O monge inglês, seu
terceiro romance, em 2006. Na verdade essa é a terceira aventura investigativa
do frade inglês Matthew Willingham (o primeiro lançado no Brasil, os outros
vieram posteriormente), um velho amigo de Arnolfo de Sala, abade da abadia de
San Simpliciano, que vem sendo vítima das intrigas de um mercador sem
escrúpulos chamado Birago.
Toda a história se passa em
Milão, em 1246. Em paralelo às intrigas de Birago, ocorre o misterioso incêndio
da casa do mestre-pedreiro Guglielmo Salvo, um respeitado senhor que morre em
meio às chamas. Caberá a Willingham, que estava há duas décadas longe da
cidade, livrar o amigo das tramoias do inescrupuloso comerciante e estabelecer
um elo entre os dois eventos. Para isso, colocará em risco a sua vida, mas será
recompensado pela companhia de uma mulher que o fará sentir algo que ele não
imaginava que pudesse sentir um dia.
Chama a atenção a comparação
feita, na contracapa do volume, como O
nome da rosa, do escritor Umberto Eco. Nada mais irreal! O livro de Eco é
um clássico incomparável. Sem contar que a narrativa concisa e objetiva de
Valeria Montaldi não deixa muito espaço para o suspense. Ao contrário do
clássico italiano, que tem como um dos pontos fortes o suspense levado ao
extremo e que exige do leitor paciência e capacidade para decifra-los. Mas isso
não diminui em nada O monge inglês, um
livro que deve ser lido também pela sua perfeita reconstituição histórica.
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