Não há assunto que atraia mais a atenção do que sexo. Sexo dos outros ou de nós mesmos. Mesmo por que a nossa história começa por ele. Não interessa se o assunto surja na mesa de um bar, na sala de casa ou na sacristia. Não interessa se faz parte de uma conversa séria ou alvo de uma fofoca. Não há hora nem lugar! E se combinar o sexo com humor, melhor ainda. É o que faz Luis Fernando Veríssimo em Sexo na cabeça, uma coletânea de 45 crônicas com abordagens divertidas e excitantes sobre o tema.
Veríssimo, um dos cronistas mais sagazes da intimidade brasileira, mostra nesse livro que para pensar em sexo (e fazer também) não há necessidade de ocasião propícia. Basta a vontade. Como um voyeur da vida privada brasileira, revela os fetiches que alimentam a relação a dois e o saboroso jogo da sedução. Com abordagens divertidas, vai das brigas do inicio de namoro à ousadia da trissexualidade (independente do que isso signifique), dos códigos da relação a dois ao amor via internet, dos segredos de alcova de hoje em dia.
Como é uma abordagem bem humorada, tendemos a ver as histórias como piada. Mas basta um olhar pouco mais atento (ou nos desnudar da hipocrisia) para vermos, nos personagens, pessoas conhecidas ou até nós mesmos. Por mais que tentemos nos esconder por trás de uma falsa moral, todos nós temos uma maneira própria de fazer sexo. Basta achar a (o) parceira (o) ideal. Veríssimo, como o seu Humor afiado, nos mostra isso com maestria.
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